domingo, 29 de junho de 2014

Vistas curtas e ideias fixas


Terminou o circo mediático que rodeou a participação da selecção nacional no Mundial 2014. Cristiano Ronaldo (e mais uma série de jogadores) alinharam diminuídos fisicamente. Se em relação a ele a convocatória era incontornável, já o mesmo não se aplicará aos restantes. Se havia dúvidas quanto à condição física de alguns jogadores, deveriam ter sido convocados outros. Ficamos a aguardar explicações de quem de direito. Quanto a Paulo Bento, rezemos a Jesus Cristo, Nosso Senhor, para que faça mais um milagre, o de lhe alargar os horizontes. O homem é de vistas curtas e ideias fixas!

sábado, 28 de junho de 2014

Aconteça o que acontecer, não me demito!


"O meu sentimento, hoje, é precisamente o mesmo que tinha antes do jogo com a Suécia, quando vos transmiti o orgulho e satisfação por estar na Selecção, e a gratidão que tenho com os jogadores que nos levaram até aqui. Sei da minha responsabilidade, sei que em Abril cheguei a um acordo com a federação que não tinha apenas a ver com os resultados no Mundial, mas também com os objectivos para 2016. Perante estes factos, aconteça o que acontecer no jogo, não me demito. Não é a minha intenção, nem da direcção, nem é a intenção do presidente da FPF. E com isto tenho tudo dito". Quem assim fala não é gago, como diria o povo. Na minha opinião, uma afirmação deste género configura uma de duas situações: (1) Uma arrogância sem limites de alguém que ainda não ganhou nada que se veja ou (2) Estar muito bem "escorado". Pessoalmente, inclino-me mais para a segunda hipótese.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Da euforia à depressão


Terminou a nossa participação no Mundial 2014. De quase campeões (pelo menos finalistas) no estágio, passamos rapidamente a "bombos da festa" com a Alemanha. O "melhor do mundo" passou completamente ao lado da competição. Marcou 1/2 golo, a outra metade foi oferecida pelo guarda-redes adversário. Diga-se, em abono da verdade, Cristiano Ronaldo nunca esteve bem. Quanto aos outros, uma mediania confrangedora, para não falar de uma fragilidade espantosa. Numa palavra, inqualificável!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Ao menos petróleo!


Nunca alimentei a mínima esperança que, sete anos após o desaparecimento de Madeleine McCann, a polícia inglesa descobrisse (agora) o mais leve indício relacionado com o caso. Passado todo este tempo, só por milagre é que algum dia se esclarecerá o desaparecimento da pequena Maddie. Contudo, acalentei a esperança de que os ingleses, com as suas escavações, descobrissem petróleo no Algarve!

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Não, obrigado!


O Governo abdicou dos cerca de 2,6 mil milhões de euros da última tranche do empréstimo da troika. A razão (oficial) avançada é que, tendo em conta a “incerteza sobre o tempo de decisão do Tribunal Constitucional”, que não permite ao Executivo saber a “extensão do problema orçamental”, e tendo este decidido não apresentar medidas substitutivas até 30 de Junho, data de fim formal do programa, a única alternativa, para receber o último cheque, seria reabrir o programa por tempo indeterminado. A razão (oficiosa), parece-me, é que Portugal já se consegue financiar nos mercados a preço inferior ao da troika!

terça-feira, 24 de junho de 2014

E (quase) tudo os EUA levaram!


Caiu (mais um) mito relacionado com a nossa selecção. O mito de que Portugal se dá bem com a pressão. Até pode ser verdade, mas, para isso, é necessário "ter pernas", coisa que, claramente, um número significativo dos jogadores portugueses seleccionados tem andado a demonstrar não possuir. Ao ritmo a que estamos a perder jogadores, se Portugal continuar muito mais tempo em competição, ainda nos arriscamos a que Paulo Bento se veja obrigado a "fazer uma perninha" dentro das quatro linhas!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Os cristos do costume


Depois dos cortes salariais, diminuição da remuneração hora de trabalho (passagem das 35 para 40 horas pelo mesmo vencimento), aumento dos descontos para a ADSE, eis que agora chegou a vez da diminuição dos dias de férias. A sanha deste governo contra os trabalhadores da administração pública é indescritível! Aceitam-se apostas para a medida que se segue.

sábado, 21 de junho de 2014

Desnorte total!


O desnorte do governo é total. Ninguém sabe a quantas anda! Ainda a respeito do último acordão do TC, e ao que fazer aos duodécimos pagos entre 1 de Janeiro e 31 de Maio, o governo começou por afirmar que quem já tinha recebido o subsídio de férias em duodécimos (com cortes) não sofreria nenhum acerto (estava pago e o corte manter-se-ia). Num segundo momento recuou e disse (e escreveu) que "Quanto aos sujeitos ao regime da função pública, todos receberão o subsídio de férias correspondente ao montante da remuneração devida em junho (sem reduções salariais). No caso, designadamente, dos funcionários que optaram por receber parte do seu subsídio de férias em duodécimos, o acerto será realizado logo que possível". Pacífico, apenas com um (pequeno) problema: Ninguém no Estado (regime geral) está a receber o subsídio de férias em duodécimos! O que está a ser pago em duodécimos é o subsídio de Natal! Os únicos trabalhadores que tiveram essa opção, para além dos trabalhadores do sector privado, foram os trabalhadores de empresas do sector empresarial do Estado.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

O músico


"O governo tem sido irrepreensível com o Tribunal Constitucional" (Junho de 2013). Ainda não chegamos a meio do ano e já temos um sério candidato a "piadista" do ano! Poiares Maduro tem sido a voz da estratégia (ou desnorte?) do governo. Ainda a respeito do último acordão do TC, declarando inconstitucionais os cortes salariais dos funcionários públicos, num primeiro momento, uma vez que o acordão só produz efeitos a partir de 31 de Maio, quem já tinha recebido o subsídio de férias, "paciência, não haverá lugar a nenhuma reposição". Agora, para quem já tinha recebido, "será paga a diferença".

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Olha para o que eu digo, não para o que eu faço!


O governo tinha muitas dúvidas, e a coligação PSD-CDS impôs, no Parlamento, um pedido de aclaração, para que o Tribunal Constitucional explicasse, exactamente, como devia ser aplicado o acórdão que chumbava os cortes nos salários dos funcionários públicos. Curiosamente, no mesmo dia em que os deputados da maioria falavam grosso ao TC, desafiando os juízes a “não desertar” e a “não fugir às suas responsabilidades”, o mesmo PSD e CDS davam luz verde a que o Parlamento repusesse de imediato, e sem qualquer dúvida, os salários dos deputados e dos funcionários da Assembleia da República. Dia 17 de Junho, os deputados e funcionários da AR receberam o recibo de vencimento. A transferência bancária no dia seguinte, tudo antes da quase-resposta do Tribunal Constitucional. Pelos vistos só os totós do governo é que não perceberam o alcance do acordão!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

O Müller da Alemanha,...


O Müller da Alemanha, o Müller da Alemanha
Marcou três golos a Portugal, ó és tão linda!
Marcou três golos a Portugal.

Por causa do Paulo Bento, por causa do Paulo Bento
Que insiste sempre nos mesmos, ó és tão linda!
Que insiste sempre nos mesmos.

terça-feira, 17 de junho de 2014

CR0,7 e companhia


Desde que a selecção portuguesa embarcou para o estágio que toda a comunicação social portuguesa audio-visual transmitiu horas incontáveis acerca do "melhor do mundo" e restantes companheiros. A dose foi tão grande que já enjoava (a única informação que não deram, ou eu não ouvi, foi quantas vezes cada um deles ia à casa de banho). Pois bem, agora, depois do massacre alemão, espero que todos assentem os pés na terra. Ouvi uma vez alguém definir a nossa selecção como sendo uma equipa constituída por um jogador excepcional, três ou quatro bons jogadores e o resto uma mediania confrangedora. O que se viu no jogo contra a Alemanha foram apenas jogadores de uma mediania confrangedora. Os outros, os tais que iriam fazer maravilhas, estiveram em parte incerta. Isto para não falar que já temos dois "mancos" e um "cabeça quente" castigado!

sábado, 14 de junho de 2014

Teresa leal ao coelho


Se bem entendi aquilo que li, os juízes do Tribunal Constitucional escolhidos pelos partidos ficam "com o dever" de votar de acordo com as orientações do partido que os escolheu. Tanto assim que, durante a selecção, os objectivos do Executivo foram discutidos com os candidatos em avaliação pela maioria. Contudo, os safados escolhidos pelo PSD, mal se viram no poleiro, desataram a votar ao lado dos juízes da oposição. E o PSD, qual donzela enganada, sente-se defraudado. Quem o disse? Teresa Leal Coelho, vice-presidente do PSD. Patético!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Casamentos de S. António


Nem Santo António, com a ajuda de toda a corte celeste, conseguiria fazer o milagre de levar estes dois ao altar.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

E agora Portas?


O Governo está a negociar com o FMI uma nova extensão do programa de assistência a Portugal. É que agora, depois do acórdão do Tribunal Constitucional que chumbou três normas do Orçamento de 2014, Passos Coelho, Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque decidiram não voltar a apressar decisões. E querem esperar pelo próximo acórdão dos juízes do Palácio Ratton (extensão da Contribuição Extraordinária de Solidariedade do Orçamento Rectificativo) para terem mais informação. Um dia destes ainda vamos ver Paulo Portas a (re)iniciar, com pompa e circunstância, o cronómetro no Largo do Caldas!

terça-feira, 10 de junho de 2014

O regresso


Cansado de "não fazer nada", Fernando Seara apresentou a sua candidatura à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, cujas eleições estão marcadas para amanhã, dia 11 de Junho. Como seria de esperar, Seara apresenta-se como "um candidato de consensos"... desde que todos os clubes concordem com as posições do Benfica! Ele concorda.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

O muro da indignação de Seguro


Na sua página do facebook, António José Seguro diz-se "indignado" pela "queda brutal" das intenções de voto no PS, facto que atribui à "irresponsabilidade e à ambição pessoal" de António Costa que desafiou a sua liderança. Curioso é o facto de não ter comentado um outro facto relevante da mesma sondagem: A maioria dos inquiridos entende que Costa fez bem em avançar, e que com ele, como líder do PS e candidato a primeiro-ministro, o PS fica mais forte. Sejamos francos, o PS, liderado por Seguro, teve três anos de ouro para "descolar" da maioria e não o conseguiu. Se não o conseguiu até aqui, gozando de circunstâncias excepcionais para capitalizar o descontentamento dos portugueses, também não o conseguirá até ao final da legislatura. Foi isto que António Costa percebeu, e é isto que o PS (militantes e simpatizantes) parece estar a perceber.

domingo, 8 de junho de 2014

O grande livro das mentiras


O governo (e os partidos que suportam a maioria) resolveu abrir guerra ao Tribunal Constitucional (TC) ao ponto de o primeiro-ministro ter sugerido que os actuais juízes não têm categoria para ocupar os lugares que ocupam. Muito convenientemente, Passos Coelho omitiu que, ele próprio, foi parte activa na escolha de 10 dos 13 juízes que constituem o TC. Logo, caso os juízes tenham sido mal escolhidos, isso só revela incompetência de quem escolheu. Mas esta questão poderá ser, eventualmente, analisada por um prisma diferente. Após o oitavo chumbo do TC, não será altura de escolher melhor primeiro-ministro, vice primeiro-ministro, ministros, secretários de Estado, assessores, consultores e afins? É que tanto chumbo só pode significar uma de duas coisas: Incompetência ou má-fé.

sábado, 7 de junho de 2014

Orçamento de Estado 2015


Em relação ao orçamento para o próximo ano, o governo espera que o Tribunal Constitucional (TC) tome a decisão em Dezembro de 2015 e que os chumbos só produzam efeitos a partir da divulgação do acordão. Sim, porque não haja dúvidas: O próximo orçamento também irá parar ao TC e haverá normas chumbadas. Porque é que eu estou tão certo que o próximo orçamento também será enviado para o TC? Porque o  governo sabe que o TC lhe dá cerca de 6 meses para roubar impunemente. Assim, porquê não aproveitar?

sexta-feira, 6 de junho de 2014

O combate dos chefes


Não é fácil a um homem abdicar do sonho da sua vida, muito particularmente, quando ele se encontra "ao virar da esquina". Mas escudar-se em questões estatutárias, fugindo ao desafio, teria sido o suicídio político de Seguro. Os portugueses nunca votariam para primeiro-ministro num homem que teve medo de ir a votos dentro do próprio partido!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

O bombeiro


Sempre que o PSD precisa de descarregar a bílis, nada melhor do que chamar o bombeiro de serviço. Desta vez, a propósito do chumbo do TC, Marco António Costa não esteve com meias medidas: "O Tribunal Constitucional (TC), com a sua decisão, insiste em querer arrastar o país para o passado". Marco António Costa destacou, ainda, "o conteúdo de algumas declarações de voto" no acórdão do TC que, no seu entender, "deixam transparecer que existe uma profunda divergência relativamente àquela que é a posição institucional e à interpretação das competências" que o TC "faz da sua acção e da dimensão dessa acção".

terça-feira, 3 de junho de 2014

A bússola do presidente


Definitivamente, a "bússola" do presidente está mesmo avariada! Pelo terceiro ano consecutivo, Cavaco Silva engana-se na apreciação que faz da lei do orçamento de Estado. O que é feito do homem que "nunca se enganava e que raramente tinha dúvidas"?

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Premiar o infractor


A decisão do Tribunal Constitucional (TC) relativa à apreciação da constitucionalidade de algumas normas do OE 2014 é, no mínimo, surpreendente. Para começar, em relação aos cortes nos salários dos trabalhadores em funções públicas, basicamente o que o TC disse foi: Não há foras de jogo na primeira parte do jogo, mas na segunda já há, isto é, aceitamos o roubo no primeiro semestre, mas não no segundo. Ainda mais surpreendente foi a decisão de deixar passar os cortes dos complementos de reforma dos trabalhadores de empresas públicas com o argumento de que não era a palavra do Estado que estava em causa. Entendamo-nos. Há antigos trabalhadores de empresas públicas que foram aliciados, pelas próprias empresas, a passar à reforma antes da idade legal. Para não sofrerem cortes, as empresas comprometeram-se a pagar os complementos das reformas. Para esses trabalhadores, a palavra da empresa era sinónimo da palavra do Estado, já que estamos a falar de empresas públicas directamente tuteladas por ministérios. Como é que o TC vem agora dizer que não há violação do princípio da confiança uma vez que o compromisso tinha sido assumido pela empresa e não pelo Estado?

domingo, 1 de junho de 2014

Sem retorno


O ditado é velho, não há duas sem três. António Costa resolveu desafiar a liderança de Seguro. E desta vez não há recuo possível. Na própria noite das eleições, António Costa tinha demonstrado o seu desconforto pelo facto de a derrota histórica dos partidos da maioria não ter correspondido a uma vitória histórica do PS. Na linha de Mário Soares, que qualificou a vitória do PS como uma "vitória de Pirro", também António Costa considerou que a vitória "soube a pouco".