As privatizações da EDP e da REN foram, nas palavras do governo, dois sucessos colossais, dois exemplos da arte de bem privatizar. Pois bem, para o Tribunal de Contas (TC), a história não é bem essa. De acordo com uma auditoria às referidas privatizações divulgada recentemente, para além da falta de transparência e ocultação de informação, que são um denominador comum de toda e qualquer privatização (veja-se o caso mais recente, a privatização da TAP), entre outras coisas, o TC detectou que o governo português não salvaguardou o interesse nacional e que, caso os compradores (actuais donos) resolvam "roer a corda" (leia-se, não cumprir o caderno de encargos), Portugal "agarra-se aos canos" (leia-se, não tem forma de o fazer cumprir), pois os contratos são omissos relativamente a esse aspecto.
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