Mota Amaral, umas das figuras históricas do PSD, entrou no Parlamento, como deputado, há 46 anos, ainda no tempo do Estado Novo. Agora, em nome da renovação, o PSD Açores pretende afastá-lo das listas nas próximas eleições legislativas. Mota Amaral tem demonstrado, publicamente, vontade em continuar e, por certo, não baixará os braços neste braço de ferro com o líder do PSD Açores. Não será esta súbita vontade de renovação uma espécie de troco por Mota Amaral, em circunstâncias várias, ter sido uma voz crítica de muitas opções do governo? Ou, dito de outra forma, não estará Mota Amaral a pagar o pecado de pensar pela própria cabeça? O PSD sempre foi um partido de homens livres e Mota Amaral encarnando, quase como ninguém, esse espírito, tornou-se uma voz incómoda.
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