O PSD e o PS decidiram retirar a proposta da reposição das subvenções vitalícias a ex-políticos, que deveria ter sido votada em plenário no Parlamento, depois da bomba "ter estourado" junto da opinião pública. A proposta, aprovada na comissão parlamentar do Orçamento e Finanças, foi apresentada por um deputado do PSD (Couto dos Santos) e outro do PS (José Lello), com cobertura das respectivas lideranças partidárias, e previa a reposição do pagamento de subvenções vitalícias a ex-titulares de cargos políticos (ainda que com um corte adicional de mais 15%). Mas o BE (Mariana Mortágua) pediu a avocação da norma para ser votada em plenário e a partir dai o "caldo entornou-se". Como a questão não era pacífica, para evitar guerras internas, PSD (que já vivia uma autêntica "guerra civil" com os deputados laranjas a serem bombardeados pelo PSD profundo e, mesmo, guerra dentro da própria bancada com vários deputados a considerarem a aprovação da norma uma "vergonha" ou um "erro colossal") e PS deram o dito por não dito e deixaram cair a proposta. Em síntese, com a forma atabalhoada como tudo foi feito (aprovação mais ou menos sigilosa em sede de comissão parlamentar e só abandonada após escândalo público), PSD e PS enterraram um pouco mais a classe política.
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