A meia hora de trabalho diária não remunerada para o sector privado foi apresentada pelo Ministro da Economia como sendo a chave (milagrosa) para o aumento da competitividade das empresas. Nas palavras do ministro, "Esta é uma medida absolutamente fulcral no grave momento de crise do país, este é um esforço acrescido que o governo pede aos trabalhadores em prol do interesse global". Tão ilustre verdade, vinda de um académico (que é como quem diz, vinda de um teórico que não faz a mínima ideia dos reais problemas das empresas), não reúne nem consenso entre os especialistas (por exemplo, João Amaral), nem sequer entre as confederações patronais. Vieira Lopes da CCP, Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, não se opondo à ideia, por princípio, afirma que o seu impacto no comércio será puramente residual e, potencialmente, fonte de conflitos, preferindo esta associação outro tipo de medidas: "Preferíamos a questão de diminuir três dias às férias, acabar com alguns feriados e ajustar as pontes aos fins de semana como medida mais eficaz do que as meias horas que são só favoráveis a alguns sectores da economia e que causam maior perturbação".
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