segunda-feira, 14 de março de 2016

Questão de semântica


Bruxelas ainda não digeriu a solução governativa construída por António Costa e está a fazer tudo para que os partidos que suportam o governo se desentendam e o governo caia. A prova? A polémica sem fim à volta do OE 2016 português. Aos olhos de Bruxelas, uma execução orçamental (bem sucedida) não assente na "doutrina oficial" (austeridade por austeridade) seria uma catástrofe. Vai daí, ainda antes do orçamento estar a ser executado, exigiu um conjunto de medidas adicionais. E o governo português, sem alternativa, lá terá preparado e apresentado um Plano B para ser aplicado se e quando fosse necessário para Portugal cumprir o Plano de Estabilidade e Crescimento. Acontece que, em Bruxelas, se e quando não significam o mesmo que em Lisboa. São para aplicar, ponto. Quem disse? Pierre Moscovici, Comissário Europeu Para oa Assuntos Económicos, e passo a citar: "Eu posso explicar a diferença entre o se e o quando. Significa que essas medidas têm de ser implementadas". Claro como a água, o chamado Plano B em Lisboa afinal é o plano A em Bruxelas!

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