quinta-feira, 10 de março de 2016

Não venham para a Europa


Há uma ansiedade crescente nas declarações dos líderes europeus num momento em que a crise dos refugiados ameaça fazer ruir a livre circulação (desde o Outono, oito países da UE reforçaram os controlos fronteiriços ou ergueram vedações, amputando de forma inédita o espaço de livre circulação europeia). Este ano já entraram mais de 135 mil pessoas na UE, cerca de dois terços dos quais sírios e iraquianos, os únicos que os países dos Balcãs estão agora a deixar passar através das suas fronteiras. Daí não surpreender as declarações de Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu: "Quero lançar um apelo a todos os potenciais migrantes económicos ilegais, onde quer que estejam. Não venham para a Europa. Não acreditem nos contrabandistas. Não arrisquem a vossa vida e o vosso dinheiro. Tudo isso não vale de nada". Ainda que, de momento, as palavras de Tusk possam ser lidas como um apelo, a situação, a continuar, pode muito bem transformar-se, rapidamente, em algo mais do que um simples aviso.

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