Todos estarão lembrados da treta propagandeada pelo governo acerca da resolução do BES. Desta vez, os contribuintes não seriam chamados a colocar um cêntimo que fosse na solução encontrada. Dividia-se o BES em dois, um banco bom e outro mau, e tudo o que fosse bom passava para o Novo Banco. O resto, ainda que só cheirasse ligeiramente mal, ficava no banco mau (o BES). Depois seria uma questão de tempo (pouco) até que surgisse comprador e, na hipótese (mais do que) remota de o valor da venda não cobrir o dinheiro emprestado pelo Estado (nós), quem pagaria a diferença seria a banca. Pois bem, o tempo encarregou-se de corrigir a fábula governamental. Para começar, o Novo Banco ainda não foi vendido. As ofertas, escassas, eram a preço de saldo e o negócio foi por água abaixo. Na altura não se percebeu como o banco valia tão pouco. Agora sim. O BCE diz que o Novo Banco precisa de ser recapitilizado em cerca de 1500 milhões de euros, o que prova que os hipotéticos compradores perceberam que o (suposto) negócio da China era um buraco sem fundo... mesmo para chineses! Está a ficar cada vez mais evidente que vai sobrar (forte) para nós!
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