A Alemanha "beneficiou claramente com a crise grega", em mais de 100 mil milhões de euros, segundo um estudo divulgado recentemente pelo Instituto de Investigação Económica Leibniz (Universidade de Munique). O instituto alemão considerou que aquele valor representa a poupança garantida pela Alemanha através de baixas taxas de juro sobre as suas obrigações, resultantes da atracção da sua economia sobre investidores assustados com a instabilidade grega. Quando os investidores enfrentam dificuldades, procuram tipicamente um mercado seguro para o seu dinheiro, e a sólida economia alemã "beneficiou desproporcionalmente" desse facto durante a crise da dívida na Grécia, lê-se no estudo, acrescentando que as poupanças "excedem os custos da crise, mesmo se a Grécia não pagasse todas as suas dívidas". "Nos anos recentes, cada vez que os mercados financeiros souberam de notícias negativas sobre a Grécia, as taxas de juro sobre as obrigações do governo alemão caíram, e cada vez que as notícias foram boas, estas subiram", refere o mesmo documento.
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