Julguei (e escrevi) que o braço de ferro entre a Grécia e os seus credores não era mais do que uma encenação para ninguém perder a face (o governo grego poder dizer que "bateu o pé" à troika e os credores continuarem com o discurso de que não há excepções) e que o acordo seria inevitável. Hoje já não estou tão certo disso. As conversações eternizam-se sem que se vislumbre qualquer hipótese de acordo. Certo, certo é que este jogo é muito perigoso e de consequências imprevisíveis. O que parece agora estar em cima da mesa é "ou fazem o que queremos ou saem do euro". E, verdade seja dita, ainda que as consequências imediatas possam constituir um autêntico cataclismo para o povo grego, a prazo, talvez seja a única solução. A dívida grega é impagável e cortar rendimentos não resolve o problema.
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