terça-feira, 28 de abril de 2015

O milagre das rosas


A partir de agora deixa de ser possível dizer que PS e PSD é a mesma coisa. Em Setembro/Outubro próximos, data das legislativas, vai ser possível optar entre vias completamente diferentes. Pela primeira vez, as políticas defendidas por um e pelo outro partido estão separadas por anos-luz. Enquanto uns defendem cofres cheios, outros preferem bolsos cheios, enquanto uns dizem "pague agora, receba depois" os outros afirmam "receba agora, pague depois". O documento apresentado pelo PS é uma espécie de milagre das rosas. A despesa é certa, a receita logo se vê. Se a previsão de crescimento do Programa de Estabilidade, apresentado pelo Governo, era optimista, a do PS é delirante. Há riscos externos, ignorados por ambos os documentos, relativamente aos quais não somos tidos nem achados, que podem comprometer todas as contas. Apenas três exemplos: fim do programa de compra de dívida pelo BCE, preço do petróleo e cotação do euro face ao dólar. Não é por acaso que se diz que os economistas existem para dar credibilidade aos meteorologistas!

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