A arqueologia não pára de nos surpreender e de revelar novos dados acerca da vida dos homens pré-históricos. E de acabar com alguns mitos, também. Vem isto a propósito da gravura rupestre recentemente descoberta em Foz Côa reproduzida acima. De acordo com a equipa que a descobriu, as tribos daquela altura não viviam isoladas umas das outras. Estavam associadas, só não se sabendo se essa forma de organização era só a nível do actual território português ou se era mais vasta, por exemplo, ao nível do continente europeu. Também não se sabe de quem é a cara da gravura, mas, presume-se, tratar-se-à da chefe suprema dessas tribos. Por outro lado, como a gravura prova, o homem pré-histórico já sabia escrever. Desconhece-se, no entanto, o significado dos caracteres esculpidos na pedra. Há quem defenda que, uma vez que se trata de uma série de setas a apontar nas mais diversas direcções, a inscrição significará divergência e desacordo. Mais uma vez não se sabe acerca de quê, mas, muito provavelmente, essas divergências teriam a ver com a liderança da chefe dessas tribos.
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