À semelhança do FMI, também a Comissão Europeia (leia-se, Alemanha) desconfia das contas da proposta de orçamento português para 2015. Não acreditando na estimativa de crescimento inscrita, nem na previsão de arrecadação de receitas fiscais, a Comissão acha que o défice também irá ser superior à previsão do governo português, mais concretamente, 3.3% do PIB. Para além disso, acham que Portugal já não está tão empenhado na continuação das reformas estruturais e no esforço consolidação orçamental. E, pelo menos quanto aos últimos pontos, se calhar têm razão. O próximo ano será ano de eleições e o governo, ao contrário do que Passos Coelho gritou bem alto uns meses atrás ("Que se lixem as eleições!"), ainda não perdeu a esperança de as ganhar. E tanto não as perdeu que a proposta de orçamento aumenta a despesa, aumento esse que, de acordo com o discurso do governo, será compensado pela excepcional arrecadação de receitas fiscais esperada para o próximo ano.
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