Se o estado de necessidade actual justifica cortes nos salários e subsídios, encerramento de tribunais, escolas e centros de saúde, porque é que esse mesmo estado (de necessidade) não justifica uma renegociação realmente significativa dos contratos das PPP? Um corte de 30% são uns trocos tendo em conta o que se vai conhecendo - derrapagens de muitos milhões, renegociação de contratos à margem do Tribunal de Contas, etc. Até parece que existem dois Estados de direito em Portugal - um, imutável, em que os contratos são gravados na pedra com fogo divino para todo o sempre, para ricos e poderosos, e um outro, flexível e adaptável à evolução da conjuntura, para todos os outros.
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