É esta a imagem que eu quero preservar do meu cão. Alegre, folião, cheio de energia e não a sombra de si mesmo em que se transformou nos últimos tempos de vida. Magro, muito magro mesmo, quase sem forças para caminhar, mas, ainda assim, com a mesma alma de sempre. Até ao dia da morte, ainda que com grande dificuldade, continuou a ir esperar-me ao portão todos os dias ao final da tarde. A alma era a mesma, o estado de espírito é que não: Infinitamente mais triste, como se tivesse consciência do estado a que tinha chegado.
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