quinta-feira, 26 de abril de 2012

Elogio


Nascido a 18 de Julho de 2001, o Rex não foi o primeiro animal de estimação em casa. Chegado cerca de 2 meses após ter nascido, lá em casa tínhamos um gato, ainda pequeno, preto e branco, chamado Bigodes. Uma vez habituados um ao outro, brincavam e dormiam juntos. Brincalhão, amigo das pessoas, o Rex não gostava de ficar sozinho. O que ele gostava mesmo era andar sempre connosco. Mas tinha um problema - não gostava de andar de carro e, quando andava, quase sempre vomitava. Por isso, não o levei muitas vezes comigo. Senhor de um porte magestoso, parecia ter uma fonte inesgotável de energia. Como tal, quase nunca me ocorria que um dia ele morreria. E quando isso acontecia, imaginava-o sempre a morrer de velhice. Até ao dia em que, apesar de continuar a comer, começou a emagrecer de uma forma muito acentuada. Era um tumor no fígado, inoperável, e sem cura. Foi num sábado soalheiro que recebi a notícia na clínica veterinária onde ele tinha ido fazer uma ecografia. "Não há nada a fazer. Enquanto ele andar relativamente bem, deixámo-lo andar. Quando começar a sofrer, o melhor será mandar abatê-lo". E foi desta forma, com dúzia e meia de palavras, que o Rex ficou com o destino traçado. Depois, foi uma questão de (poucos) meses até acontecer o inevitável: 25 de Abril de 2012, 18 horas e 42 minutos.

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