quarta-feira, 7 de março de 2012

Micro-limites


Quando se falou na limitação de mandatos, julgo, a ideia era, cumprido o número de mandatos permitidos por lei, o indivíduo não se poderia candidatar novamente ao cargo político. O que estaria por trás de uma tal lei, julgo novamente, seria o combate à corrupção e ao compadrio, que inevitavelmente se instalam com o tempo, bem como o rejuvenescimento da classe política. Pois bem, eu julgava, mas julgava mal. Afinal a limitação só se aplica ao local de exercício do cargo, não ao próprio cargo. O que, aplicado às autarquias do Porto e Vila Nova de Gaia, por exemplo, basta que os actuais presidentes das câmaras atravessarem o rio Douro para poderem candidatar-se novamente. Nem precisam de pensar em trocar de casa ou reorganizar a vida familiar, já que a distância que separa as duas câmaras é pequena! Ora isto é um embuste completo e uma forma habilidosa de continuar a permitir que a actual classe política se perpetue no poder!

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