O fim da crise deve ser um vírus que ataca os políticos que ocupam cargos governamentais. Ainda alguém se lembra de "A crise acabou, vive-se um ponto de viragem, e a questão agora é saber quanto é que a economia portuguesa vai crescer" (Manuel Pinho, Outubro de 2006) ou "É o princípio do fim da crise" (José Sócrates, Agosto de 2009) ou ainda "Quero crer que estamos mais próximos do fim da crise do que do seu início e creio que estaremos, porventura, a passar o pior momento da crise nos últimos meses e que, como os indicadores têm vindo a acentuar, a crise está a atenuar-se" (Teixeira dos Santos, Junho de 2009)? Mas não esqueçamos que o actual PM, em Setembro deste ano, também já decretou 2012 como sendo "O ano do princípio do fim da emergência nacional". Não admira que o ME também se tenha sentido tentado a dar o seu palpite acerca do fim da crise. O seu azar foi tê-lo feito no dia em que o INE revelou que o PIB português recuou, no terceiro trimestre deste ano, 1.7% face ao período homólogo do ano passado!
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