A seguir a uma subida generalizada de impostos, o governo prepara-se para reduzir o número de feriados nacionais com a argumentação de que o seu número é muito superior à média europeia e cada paragem custa ao país 34 milhões de euros (cálculo de Luís Bento da Universidade Autónoma de Lisboa). Quanto ao primeiro argumento, não me parece que 13 (número de feriados nacionais, todos fixos) seja muito maior do que 10 (média dos 27 estados da UE), tanto mais que um dos nossos feriados é sempre ao domingo (Páscoa). Quanto ao segundo argumento, para além da Páscoa, há um outro feriado que é sempre à sexta-feira (Sexta-feira Santa), logo não implica nem paragens de produção, nem "pontes". Por último, nem todos os feriados calham sempre em dias úteis. Por exemplo, para o ano, dos 13 feriados, 5 vão calhar ao fim-de-semana. Quanto às "pontes", a responsabilidade é do governo - se acham que representa um prejuízo tão insuportável para o país, acabem com elas! Já agora, no caso do número de feriados ser reduzido, será implementado algum mecanismo de compensação, isto é, sempre que algum feriado calhe ao fim-de-semana, o dia de gozo dele transita, por exemplo, para a segunda-feira seguinte?
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