O governo anunciou que pretende equilibrar as contas públicas até 2015. E como? Apesar da imensa propaganda à volta da estratégia um terço de aumento da receita e dois terços de corte nas despesas, o que temos visto é um terço de aumento de impostos e dois terços de coisa nenhuma. Senão vejamos: imposto extraordinário, receitas extraordinárias, aumento do IVA na electricidade e gás, aumento dos transportes e, ontem, aumento da taxa de IRS para o último escalão e do IRC para lucros a partir de determinado montante, medidas estas (IRS e IRC) que renderão aos cofres do Estado menos de 100 milhões de euros (estimativa das Finanças). Em suma, desde que este governo está em funções, em três conferências de imprensa, anunciou outros tantos aumentos de impostos.
Afinal, Américo Amorim tem razão. Não há ricos em Portugal! Agora que parecia ter chegado a vez deles, o aumento de esforço que lhes será pedido representa uns meros trocos no buraco das contas públicas. E quanto aos cortes na despesa? Tirando a dispensa de gravatas (e pouco mais), nada. Para quando o maior corte nas despesas públicas dos últimos 50 anos, conforme prometido pelo PM?
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