quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ou é a sério ou não vale a pena...


O FMI quer que o governo português reduza, a partir de 2012, a TSU (Taxa Social Única) em 8.5%, mais do dobro do cenário estudado pelo governo. Sabendo que cada ponto percentual representa cerca de 400 milhões de euros, estamos a falar, só para o ano de 2012, de um corte nas receitas da SS de cerca de 3.400 milhões de euros. Como será evidente, este buraco terá de ser tapado. E a receita proposta do FMI é tapá-lo com o aumento do IVA dos produtos da taxa reduzida. Segundo Poul Thomsen, chefe de missão do FMI na troika, caso a redução da TSU não seja da ordem de grandeza apontada, o seu impacto será reduzido ou nulo, já que os empresários tenderão a incorporar o corte nos lucros, não contratando mais pessoas ou tornado as empresas mais competitivas. E eu digo, caso não sejam criados mecanismos de fiscalização, o Senhor Poul Thomsen pode ter a certeza que, para uma percentagem muito significativa das empresas, este corte servirá, para além de justificação de novo aumento da carga fiscal, apenas e tão só, para troca de carro ou compra um novo LCD.

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