sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O palhaço da Madeira


A dívida pública portuguesa vive num estado permanente de incerteza. Somos confrontados, quase diariamente, com dados novos que ultrapassam todo e qualquer limiar de razoabilidade, decência e boa-fé. E o de hoje é que o palhaço da Madeira, AJJ, escondeu deliberadamente mais de 915 milhões de euros de encargos só em 2010. E, de acordo com o BdP e o INE, parece que isto tem sido uma prática corrente nos últimos anos, pelo que os défices de Portugal relativos aos anos 2008, 2009 e 2010 irão ser reavaliados.

Mas o pior desta situação é que, aparentemente, neste país não há (nem nunca houve!) ninguém com tomates suficientemente pretos para meter AJJ na ordem. Hoje mesmo a maioria PSD-CDS chumbou o projecto de resolução do BE para uma auditoria do Tribunal de Contas às finanças da Madeira. Por seu turno, AJJ, em pré-campanha para as eleições regionais, afirmou "Nem paro com as obras, nem vou afastar ninguém da função pública". O teor duma afirmação desta natureza só merece uma resposta do governo de Portugal: "Queres continuar com as obras, continua. Quando as facturas chegarem, paga-as do teu bolso".

O ex-PM da Islândia vai responder em tribunal pelo crime de não ter feito nada para impedir que o país abrisse bancarrota. O presidente da RAM, mesmo mentindo e comprometendo os orçamentos da região dos próximos 30 anos, prepara-se para ser eleito para novo mandato. Que ele não tem vergonha na cara, já todos o sabemos desde sempre, que os insulares continuem e votar nele, também compreendemos. O que não compreendemos, nem aceitamos, é este regabofe despesista, pois as facturas acabam sempre por ser pagas pelos contribuintes portugueses. É tempo, Senhor PM, de mostrar que tem tomates, ou então, não peça mais sacrifícios!

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